sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A música clássica (aquela originada em países da Europa Ocidental e expandida para os países colonizados) é uma importante base para se aprender música em geral? Por que seria?

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Depois de alguma troca de ideias sobre o que vem a ser vocação no contexto da música de orquestra, surgiram novas perguntas para a discussão:

1) No contexto do ensino de música sinfônica para jovens de baixa renda, a ideia de vocação artística reforça, ou legitima, o individualismo dos músicos?

2) Depois que aprendem a tocar bem (ou cantar, em alguns casos) a música sinfônica, os músicos, de alguma forma, se afastam dos colegas que não tiveram o mesmo destaque, ou mudam de comportamento?

3) Será que a ideia de vocação artística tem sido usada para atender ao pensamento liberal - que tem como características a responsabilização do indivíduo e a ideia de uma suposta neutralidade política nas escolhas e ações das pessoas?


Referências:


ADENOT, Pauline. 2010. A questão da vocação na representação social dos músicos (Tradução de Clotilde Lainscek). In. Revista Proa, n°02, vol.01, 2010. Disponível em http://www.ifch.unicamp.br/proa

ARAÚJO, Samuel. 2008.    “From neutrality to praxis; the shifting politics of applied ethnomusicology”. Muzikoloski Zbornik/Musicological Annual, v. XLVI, p. 13-30.



sábado, 25 de agosto de 2012

Para estudar instrumentos de orquestra é preciso ter vocação? O que é a vocação artística? A vocação artística é algo associado ao gosto, ao prazer, ou é uma tendência de nascença que não depende das opiniões, gostos e contexto histórico e social em que vive um indivíduo?


*Texto usado como referência para a elaboração dessas questões: A questão da vocação na representação social dos músicos de Pauline Adenot - Revista Proa, n° 02, vol. 01, 2010.


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Hoje foi o dia marcado para o concerto manifesto da ONG Orquestrando a Vida, que proporcionava, sobretudo, o ensino de música sinfônica a crianças e jovens, em Campos dos Goytacazes - RJ. Devido à falta de financiamentos para sustentar o ensino de música e a formação de 6 orquestras sinfônicas e 2 bandas, participantes do projeto organizaram uma manifestação chamada "Grande Ensaio Aberto", na praça principal da cidade (Praça São Salvador), com o objetivo de chamar atenção para a ONG, que declarou que terá que encerrar as atividades por causa da falta de recursos.



Em um e-mail desesperado, o discurso de apelo por financiamentos deixou clara a visão criminalizadora da juventude pobre, como se crianças e adolescentes de baixa renda fossem criminosos, ou criminosos em potencial:





Centenas de crianças e famílias choram a perda
de patrimônio cultural em Campos
Centenas de crianças choram a possibilidade de perder a oportunidade de um futuro digno por falta de interesse do poder público e de empresários na cidade de Campos dos Goytacazes, no interior do Rio de Janeiro, pois a ONG Orquestrando a Vida anunciou uma possível paralisação por falta de patrocínios para continuar o trabalho sociocultural desenvolvido pela entidade há 16 anos e que alcançou palcos como o Carnegie Hall em Nova York e é considerado o maior e melhor núcleo do célebre “El Sistema”.
A Orquestrando a Vida atende a 750 crianças carentes em 06 orquestras sinfônicas e 02 bandas, e com a paralisação estas crianças voltarão a atividades irregulares como trafico de drogas, assaltos, entre outros atos ilícitos, perdendo todo o trabalho desenvolvido pela ONG na transformação social e inserção no mercado de trabalho.
Os alunos, pais, professores e amigos da Orquestrando a Vida realizam no próximo dia 09 de maio às 17h um manifesto na praça principal da cidade de Campos (Praça São Salvador), que esta sendo chamado pelos organizadores de “Grande Ensaio Aberto”. Este ensaio será o último ensaio dos grupos sinfônicos pertencente a Orquestrando a Vida se não ocorrer um socorro imediato à instituição.

 FAÇA PARTE DESTE MOVIMENTO
DIVULGUE!!!

A ORQUESTRANDO A VIDA PEDE SOCORRO!


quarta-feira, 2 de maio de 2012


Coral da Rocinha cantando com Roger Waters no show realizado recentemente no Rio de Janeiro, no momento em que é tocada Another Brick in the Wall. Com um monstro gigante que se movimenta no palco, nesta mega produção, não consegui entender muito bem qual foi de fato a importância da presença do coral, que, diga-se de passagem, fez uma participação muito pequena que começa por volta do minuto 7 do vídeo.

O ensino de canto coral para jovens de baixa renda significa um ataque ao sistema educacional repressor, autoritário e alienante? Foi essa a "mensagem"?

http://youtu.be/6Ee1H-7M7ns